PENSAMENTOS_DISPERSOS
Desde 2006 que mantenho o blog PENSAMENTOS DISPERSOS(http://www.isabelcsvargas.blogspot.com ou www.isabelcsvargas.com) onde estão colocados todos os textos que escrevi e que foram publicados em inúmeros sites bem como em jornais e livros(Coletâneas, Antologias, Seletas e outros). Após mais de 200 crônicas e pelo formato antigo do blog, por motivo de adequação às novas ferramentas oferecidas, criei este blog que me ampliará as possibilidades de comunicação.
domingo, 4 de janeiro de 2015
SAUDADE EXERCÍCIO DO VARAL NO FACE
SAUDADE
PROSA
Saudade é a lembrança boa da presença da pessoa amada ou querida, tenho muitas saudades, mas também de alguém eu não sinto saudade, de uma pessoa que simplesmente passou pela minha vida. Essa é a saudade que não sinto...
* Saudade é o amor que faz desaguar os olhos e deixar em ressaca o oceano de emoções que habita o coração.
⃰ Saudade sentimento que inebria a alma, acalenta a dor e enobrece o espírito.
⃰ Sinto saudade do tempo em que o nada me era tudo...
Saudade
O relógio do tempo marca as horas e os dias que fiquei sem ti/ mas o relógio do coração não consegue contar as lágrimas derramadas pela tua ausência, súbita e cruelmente imposta pela vida/ Assim você se foi, um dia, deixando dilacerado todo o meu ser/ que geme inteiro de saudade.
POEMAS-VERSOS LIVRES
Saudades de ser criança
Tenho saudades, e como tenho!,
da infância já distante
onde a vida era
uma brincadeira
em todos
os
sentidos...
amigos!
brinquedos!
de verdade, de mentirinha...
comidinha e felicidade
no prato
e no coração
da criança que fui!
Saudade
O frio da noite envolve-me em seus braços...
Recordações chegam como nuvens sorrateiras...
Lágrimas rolam pela minha face...
Formam um rio caudaloso.
Ele corre desenfreado
Soando notas musicais...
Aos poucos, em coro,
Transforma-se em suave melodia...
Vai lentamente embalando todo meu ser.
Abre as portas de minha alma...
Acorda recordações de um passado distante...
Reabre velhas feridas, e boas lembranças...
Reviver entes queridos, que embora distantes
Continuam vivos nas recordações.
Rio de águas claras, e tépidas...
Envolve meu ser, e com sua cantiga
Acalenta meu coração...
Um milagre acontece...
A calma chega,
E aos poucos adormeço.
Ah! Como é bom poder recordar...
Como é bom poder sentir
SAUDADE
AnnaRibeiro
Verão – Cidade interiorana...Chuva!
Em meio fio borbulham aguas barrentas
Casa modesta!
Telhas lavadas pelos temporais
Teto sem forro
Olhos da infância, no furo do cobertor
Nas paredes o iluminar dos raios!
Espelhos cobertos
Folha benta
Oração a Santa Barbara
A tempestade passou
Sol brilha de doer a vista...
Portas e janelas escancaradas!
(Não consigo ouvir o gargalhar da infância)
Hoje a chuva na vidraça,
Chora em gotas a minha Saudade!
A SAUDADE QUE NÃO SINTO
Saudade da saudade que não tenho...
Do amor que não vivi, até do amor que não perdi...
Saudade de tudo que não tive,
Até da sombra no caminho...
Que não vi, de um amor que não partiu...
Saudade de tudo que queria ter... e não tive...
Saudade do abraço do retorno,
Do aconchego do carinho, do beijo na madrugada.
Nada foi como eu queria,
Por isso não tenho saudade.
Tenho lembrança quase esquecida...
De um “amor” que não foi um amor...
Que com o tempo... se apaga cada vez mais,
Hoje amortecida e moribunda jaz... no chão,
Como que alguém a tivesse esquecido, e se ido.
E que não deixou nada...
Nem a sombra no caminho... nem o beijo de carinho...
Para que eu pudesse sentir uma saudade...
Essa é... A saudade que não sinto...
SAUDADE
Saudade
Sorrateira,
Silenciosamente,
Sopra Sussurros
sobre mim.
Saudade,
Solitária
Sensação de
Solidão.
Saudade,
Sentimento
Solto no peito.
Saudade,
A presença constante
Da ausência de alguém.
Hoje a saudade chegou
Tão viva e colorida em sua melhor edição
Trouxe com ela a angústia
A distância dos oceanos
O movimento do vento nas folhas leves de um outono
A luz que reinou em nosso silêncio
O som do mar ao pensamento
Como um triste componente do coração
Hoje a saudade chegou
Eloquente, despertou o encanto
Adormeceu a razão
Persistente, aninhou os sentidos
Queria ficar...
Mas não era o acaso, era a dor.
Saudade
que me leva na corrente desarmada
de olhos fechados para o Sol.
Flutuam em versos silenciosos
na margem do rio, pedaços de Lua,
Que me apagam na sombra dos teus olhos...
SAUDADE
Sentimento indefinível
Indecifrável
Que se instala no lugar
De alguém muito amado
Saudade...
Vontade de ver
De abraçar
De segurar na mão
De sentir o cheiro
De sorrir seu sorriso
De beijar com ternura
Saudade...
É o amor que ficou
Instalou-se placidamente
E mantém viva
A lembrança de seres maravilhosos
E momentos inesquecíveis.
Saudade...
Saudade é repletar o dentro do peito
Com o que mora do lado de fora.
Saudade é a estranha essência
Que faz os olhos verter pranto.
Saudade é perpetuar nos poros do espírito
O doce frêmito que endoidece a derme.
Saudade é fazer duas almas distantes
Morarem juntas num só coração.
Saudade
De acordar na mesma casa,
Do café da manhã no início do dia,
Dos almoços juntos, embora corridos,
Das palavras rápidas para dar conta de tudo
Que havia a ser dito em curtos espaços de tempo.
Saudade
Dos planos em conjunto,
Das dúvidas colocadas para todos,
Das risadas e até dos aborrecimentos.
Dos encontros marcados
E daqueles inesperados.
Da chave na porta anunciando a chegada.
Saudade
Dos cheiros peculiares, dos toques,
Dos beijos da chegada e da saída
Saída que um dia foi definitiva,
Sem anúncio, sem despedida,
Sem beijo, sem abraço, sem dó.
Saudades de meu quintal
Ah, saudades de meu quintal mágico
Mundo encantado
De pequenas camponesas
Que gritando fugiam
De índios levados
Armados de estilingues e mamonas
O místico castelo da rainha
no final do canteiro de alfaces
levava direto à casa do ogro
No poleiro mais alto
Defendida pelo galo
De crista quase amarela
No mar verde de grama
Singravam brilhantes bacias piratas
Por entre velas coloridas estendidas no varal
Ah, mágico quintal
Que nos ensinou a conversar com assombração.
Pensando em Saudade
Saudade,
Do que se foi,
De quem perdi,
Da vida que não levei,
Dos dias calmos de outono,
Do vento espalhando meus cabelos,
De minha alma jovem,
Da coragem impetuosa,
Do medo insensato,
Da esperança perdida...
Saudade,
Dos anos passados,
Das escolhas feitas,
Das palavras que calei,
Das chances desperdiçadas,
Dos lugares que não fui,
Do arrependimento que não tive...
Saudade,
Dos dias de luta,
Da paz conquistada,
Dos beijos roubados,
Do rubor inocente,
Da risada contagiante
Dos segredos escondidos,
Das verdades declaradas...
Saudade,
De sentir saudade...
Ana Rosenrot
Saudade
Ontem, sensação de vazio, frio,
canção inacabada, sem graça...
paixão, ilusão contraditória,
beijos na noite fria.
Hoje, sentimento benéfico,
tênue reflexo, sem nexo...
formigas, abelhas no mel,
sensação de perda, dor sentida.
Nem ontem ou hoje...
passos vagarosos, vorazes,
Todo dia igual, rotina doida...
Risos em noite fria.
Amanhã, suavidade diáfana
condição do que é solitário...
Voz na madrugada, relva molhada.
dor escondida, saudade voraz!!!
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