RESENHA
É SAGRADO VIVER
AUTOR: FÁBIO DE MELO
EDITORA: PLANETA
Padre Fábio de Melo tem formação
acadêmica em Teologia, Filosofia, com Pós-Graduação em Educação. Dedica-se,
entre outras atividades, ao magistério superior. É mestre em Teologia
sistemática. Seu trabalho de evangelização ocorre de diversas maneiras, além de
seu trabalho vocacional sistemático, passando por diversas mídias (programa de
televisão, gravação de cds, dvds com palestras )além de composições das músicas
que canta , atingindo, com estas atividades, público de todas as faixas
etárias.
É escritor com diversos livros
escritos- alguns em parceria- com textos primorosos versando sobre os
conflitos, as perdas, as superações enfrentadas pelo homem em seu processo de
nascimento, crescimento, morte, etapas essas entremeadas pelo amor e desamor.
Seus textos, além de serem
pedagógicos, estão inundados, sem serem exagerados, de ensinamentos de alguém
que vivencia o amor pelo ser humano, a fé, os questionamentos e as certezas do
processo Divino na vida de cada ser. Assume sua humanidade, suas imperfeições e
sua sacralidade.
Sua escrita é sucesso. É um
instrumento de evangelização. Atrevo-me a dizer que falta um reconhecimento
maior de seu valor como exímio escritor, transbordante de sensibilidade, de
figuras de linguagem que enriquece seu texto. Escreve crônicas com poesia e um mistério intrínseco ao conto, descoberto
no cotidiano com olhos de quem vê mais do que a realidade crua.
Enxerga a presença de Deus e a
poesia andando juntas no simples ato de uma mulher –sua mãe- plantar como a mãe
lhe ensinara, no ato de alimentar os filhos ,pois na perpetuação da conduta
está a perpetuidade dos ensinamentos , a presença invisível de quem já partiu ,
a presença do Divino no amor, no cuidado, na semeadura , na colheita e na
partilha.
Para exemplificar o que digo
retiro de seu livro É sagrado Viver, trechos da mais pura poesia em sua tocante
prosa, ao falar sobre o poeta e o poder de poetizar.
O poeta “fica nas esquinas lendo
as palavras alojadas nos corpos que passam, identificando a linguagem não conceitual dos olhares solitários e das
bocas emudecidas”.
“ Olha-nos e disseca-nos. Depois nos descreve,
nos revela e nos emociona.”
“ Sulca com propriedade os mais recônditos e
obscuros espaços do olhar alheio.
“ Anda pelas ruas da cidade
recolhendo falas não ditas, recolhendo as saudades não sofridas e depois volta
para casa para chorar as dores que não são suas e rir os risos que não são
seus.”
Fecho este texto com suas
palavras desejando ter despertado a vontade da leitura da obra em questão para
o leitor penetrar na alma deste escritor
ímpar que diz:
“ Sofro de poesia. Sou arauto do
Verbo que recebeu na carne, o dolorimento da existência.”
“É necessário viver.
“...fomentar o sorriso dos que
passam por mim. O esquartejamento das alegrias potencializa sua permanência.”
“ Dou-me aos outros sem
prejuízo.”
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