domingo, 30 de setembro de 2012

MARAVILHOSO TRABALHO DO PORTAL CEN




MAGAZINE CEN / Setembro 2012
Tema: "CINEMA"
 
Pág. 1 de 12 Págs.
Os pioneiros do Cinema
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
 
Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948) nascem em Besançon, na França. Filhos de um fotógrafo e proprietário de indústria de filmes e papéis fotográficos, eram praticamente desconhecidos no campo das pesquisas fotográficas até 1890. Após frequentarem a escola técnica, realizam uma série de estudos sobre os processos fotográficos, na fábrica do pai, até chegarem ao cinematógrafo. Louis Lumière é o primeiro cineasta realizador de documentários curtos. Seu irmão Auguste participa das primeiras descobertas, dedicando-se posteriormente à medicina.
Cinema mudo - A apresentação pública do cinematógrafo marca oficialmente o início da história do cinema. O som vem três décadas depois, no final dos anos 20.
Há mais de 100 anos ocorreu a primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière, em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. Apenas 35 pessoas assistiram à projeção de dez filmes de dois minutos de duração cada um, no dia 28 de dezembro de 1895.                    
Os criadores do cinema os irmãos Auguste e Louis Lumère, sócios e companheiros em todas as empreitadas. A saída dos operários das usinas Lumière, A chegada do trem na estação, O almoço do bebé e O mar são alguns dos filmes apresentados. As produções são rudimentares, em geral documentários curtos sobre a vida quotidiana, com cerca de dois minutos de projeção, filmados ao ar livre.
Primeiros filmes - Pequenos documentários e ficções são os primeiros géneros do cinema. A linguagem cinematográfica se desenvolve, criando estruturas narrativas. Na França, na primeira década do século XX, são filmadas peças de teatro, com grandes nomes do palco, como Sarah Bernhardt. Em 1913 surgem, com Max Linder – que mais tarde inspiraria Chaplin – o primeiro tipo cómico e, com o Fantómas, de Louis Feuillade, o primeiro seriado policial. A produção de comédias se intensifica nos Estados Unidos e chega à Inglaterra e Rússia. Na Itália, Giovanni Pastrone realiza superproduções épicas e históricas, como Cabíria, de 1914.         
Em 1896 os Lumière equipam alguns fotógrafos com aparelhos cinematográficos e os enviam para vários países, com a incumbência de trazer novas imagens e também exibir as que levam de Paris. Os caçadores de imagens, como são chamados, colocam suas câmaras fixas num determinado lugar e registram o que está na frente. A Inglaterra, O México, Veneza, A cidade dos Doges passam a integrar o repertório dos Lumière. Coroação do Czar Nicolau II, filmado em Moscovo, é considerada a primeira reportagem cinematográfica.
Desde que o homem cria imagens, que inventa processos para fixar a realidade. A Câmara negra na Idade Média; a “camera oscura” na Renascença permitiam projetar imagens virtuais; mais tarde, serão as lanternas mágicas que farão sonhar. Assim. O fim do século XIX assistiu ao nascimento do cinematógrafo concebido pelo espírito inventivo de alguns pioneiros. O casamento da técnica e da arte lançou uma forma de espetáculo, que, do divertimento de feira, passou para as criações complexas gerada por uma indústria colossal.
Em 1895, os irmãos Lumière foram os primeiros a pôr em funcionamento uma máquina que assegurava de modo satisfatório as duas funções do cinema: o registo do movimento e a projeção de filmes. O registo do movimento real não era possível antes do aparecimento, entre 1870 e 1890, de placas fotográficas suficientemente sensíveis. A obtenção de películas de celuloide, no decénio 1880-1890, permite enfim chegar ao filme propriamente dito. T. Edison, com o seu kinetógrafo, em 1890, regista então autênticas curtas-metragens de vinte metros que o espectador só pode observar individualmente. O cinematógrafo dos irmãos Lumière é, pois, o primeiro aparelho a resolver de uma maneira simples o problema da projeção.
Quando filma, a máquina decompõe o movimento por uma série de fotografias instantâneas, obtidas à razão de 24 por segundo no cinema sonoro, e de 14 a 20 para o cinema mudo. A 24 imagens por segundo, o filme é imobilizado por detrás da objetiva da câmara durante 1/48 de segundo, com a objetiva aberta nesse momento, a película é impressionada. Durante o intervalo seguinte com a mesma duração, o filme avança o correspondente a uma imagem, encontrando-se então fechado o obturador. Na projeção, procede-se da mesma maneira com uma lâmpada por detrás do filme. Devido ao fenómeno da persistência retiniana, a alternância entre iluminação do ecrã e “pretos”, não é, a uma velocidade de desenrolamento suficiente, apercebida como tal.
Quando do nascimento do cinema, o único processo fotossensível utilizável era a transformação, pela ação da luz, de sais de prata metálica, dando origem a imagens a preto e branco. Muito cedo se pôs a ideia de colorir os filmes, primeiro à mão, depois mecanicamente. Mas este método não soluciona de modo algum o problema fundamental: registar e produzir as “cores" Naturais. Tenta-se o processo technicolor. Mas suas imagens monocromáticas são aplicadas por pressão num filme virgem. A complicação da câmara, a sensibilidade das operações de tiragem, reservavam o techicolor só para filmes que contavam com um grande orçamento. Em 1935, a Kodak lança o Kodachrome, filme inversível que fornece diretamente, durante a revelação, três imagens coloridas sobrepostas. O mesmo acontece com o Agfacolor, em 1936. Doravante, já não é necessária a câmara especial. Continua, no entanto, a ser deficiente partir de um original inversível. A última etapa será ultrapassada com o Agfacolor negativo-positivo, em 1939, o primeiro filme que permite fazer cinema a cores por um processo comparável ao preto e branco. Depois da Segunda Guerra Mundial, o processo monopack impor-se-á definitivamente.
Em 1927, começa a aparecer o som nos filmes, o que aumenta o custo de produção e reduz a sua difusão, devido à incompreensão da língua utilizada. Em 1975, aparece o processo Dolby, que adaptado ao som óptico, permitiu a redução do ruído de fundo e o aumento de volume da banda que está a correr.
Nos Estados Unidos, Griffith codifica a linguagem da imagem em “Nascimento de uma nação”; enquanto Mack Senneti inventa o cinema burlesco com Charlie Chaplin, Buster Keaton e Harold Llovd. O “star-system” é todo-poderoso a partir de 1818 e Hollywood atrai grandes cineastas estrangeiros como Stroheim eStemberg.
A partir de 1927, a comédia musical parte à conquista dos ecrãs. A comédia ligeira (ou comédia americana) impõe-se com Capra, o filme negro “Gangsters" (no policial) com Hawks.O Western adquire fama com Ford e a superprodução, com Cecil B. de Mille e Fleming. Realizadores como Walsh, Cukor, Wyler, Vidor, iniciam carreiras prolíficas, enquanto brilham nas fachadas dos cinemas nomes de grandes vedetas, como Greta Garbo, Marlene Dietrich, Mae West, Bette Davis, Gary Cooper, Cary Grant, Humphey Bogart e muitos outros. O desenho animado populariza-se com Disney, e Welles, com o “Mundo a seus pés”, em 1941, denuncia o poder dos monopólios.
A Segunda Grande Guerra consolida a posição dominante do cinema americano. Contudo, Hollywood é em breve agitada por uma crise moral e política, ou seja o “maccarhysmo” de 1947 a 1952; e uma grave crise económica. No plano artístico, os realizadores mais em voga continuam a ser Ford e Hawks, mas igualmente Huston, Wilder, Donen, Minnelli, Mankiewicz, Hitchock, Kazan e alguns mais.
Durante este período, o cinema europeu brilha essencialmente em França e na Itália, com Pagnol, Guity, Vigo, Clair, Carné, Renoir, etc.

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro (baseado em revistas da especialidade dos anos 80) – Marinha Grande Portugal

Índice
(clicar em Pág. x , no topo)
Pág.3Pág.4Pág.5
Patricia Dantas de LimaAntónio Paiva RodriguesMaria MendesBerenice Guedes
Tito OlívioIsabel Cristina Silva VargasVéra Lúcia de Campos MaggioniLauro Kisielewicz
Varenka de Fátima AraújoJoão Pereira Correia FurtadoJoaquim MarquesAntónio Furtado da Rosa
Paulo Roberto de Oliveira CarusoLilian AndradeIraí VerdanAna Isabel Rosa

Pág.7Pág.8Pág.9
Angela GuerraRobinson Silva AlvesAngelino PereiraAugusta Schmidt
Maura SoaresMargareth RafaelMarisa SchmidtDonzilia Martins
Magali OliveiraLuiz Carlos MartiniMaria MamedeEduardo de Almeida Farias
Luiz PoetaLúcio ReisMardilê Friedrich FabreGerci Oliveira Godoy

Pág.11Pág.12
José Hilton RosaWilson de Jesus CostaHiroko Hatada Nishiyama
"NATO" AzevedoMercília RodriguesBenedita da Silva Azevedo
Odenir FerroGlória MarreirosHenrique Lacerda Ramalho
Amélia LuzVirgínia Momberger FulberCarmo Vasconcelos
Livro de Visitas

http://www.caestamosnos.org/Magazines/MAGZ-SET2012/magazine-SET-2012-1.htm

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