quarta-feira, 17 de abril de 2013

NO BLOG DO VARAL



INSPIRAÇÃO: TEXTO COLETIVO DO GRUPO VARAL DO BRASIL NO FACEBOOK.

ORGANIZADO POR SILVANA BRUGNI


Os teóricos dizem que ela, a inspiração, não existe. Mas existe sim! é um processo químico, psíquico, espiritual, que só entende quem não é teórico e que chega no momento exato. Para alguns a inspiração é um “clic” que acontece de forma inesperada e muitas vezes no momento mais banal. Inspiração é a fala da” “intuição” em nossas mentes, por isso é importante saber ouvir. Ainda há quem não saiba o que é exatamente a inspiração, mas é através dela que o artista tem ideias e criatividade, perdendo-se dentro de si, a escrever.
Inspiração é uma insuflação divina, como poderá ser um entusiasmo poético, ou uma graça do Criador ou o potencial poético que todos nós temos e recebemos, e às vezes não entendemos. Inspiração é ouvir a linguagem da alma! É a vida te dando uma cutucada dizendo: vai, escreve isto! As pessoas vão gostar, não perca tempo!
A inspiração não tem o dia todo! É algo que brota ao natural e pode se assemelhar a um “insight”. É um retorno, uma percepção interior. A inspiração surge na virada de uma esquina, em uma melodia, em um toque, em palavras proferidas e até naquelas não ditas, mas transmitidas pelo olhar. Também brota do silêncio, para outrem da solidão. Ora surge nos momentos mais inusitados, quer na alegria, como na dor, geralmente quando ambos transbordam as margens naturais, como as margens de um rio. A inspiração, ao contrário do rio, traz sensações boas, identificando o poeta ao interlocutor de sua obra. Neste momento a inspiração perde o caráter pessoal para ser interpretada pelo outro de acordo com seus sentimentos e suas circunstâncias e ao captarmos o que o poeta desejou transmitir passa a ser obra da coletividade embora seja de propriedade individual, e a sua interpretação é de quem dela se apropria, se sensibiliza ou toca ao coração de um modo peculiar.
A inspiração do poeta sugere outros sentidos, desvendando segredos, sentimentos – às vezes sequer percebidos de antemão. É a sutileza do olhar silencioso sobre as belezas do mundo e da alma, que se revela aos gritos poéticos e no olhar iluminado de cada ser criativo. É saber ouvir aquela vozinha interior que nos chama a atenção de algo, para que uma criação possa ser feita. É saber ouvir o que nos diz o nosso “segundo eu” – e ele fala o tempo todo, em qualquer lugar, porém como nem sempre estamos sintonizados muita coisa boa se perde no limbo da distração. É um “estar em busca de si mesmo” na compreensão do SER que nos habita, por meandros do “EU SOU”. O silêncio da voz interior perscruta o belo, o sutil, o cuidado, o delicado, os sins, os nãos... e as revelações se manifestam atinando com a realidade, a imaginação, a fantasia, conectando todo o coração de lucidez, loucura e sensibilidade para captar coisas e sentimentos sutis ou intensos; Até mesmo algo que nunca tenha acontecido em nossas vidas – ou até que tenha acontecido, pode ser passada através da visão peculiar de cada artista, seja em versos ou prosas. No momento em que surge a inspiração – ainda que não se explique, é através dela que vem o impulso de escrever “quando dá na telha” e jogar onde for: facebook, blog, caderno, guardanapo, computador. Mas apenas os mais sensíveis aproveitam esses momentos de inspiração, por vezes sem ser necessário um rascunho: o que sair saiu - deixando fluir a intuição correr em linhas, deixando o que a alma assiste ou o que a vida insiste em vir á tona.
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Participaram:  Raimundo Cândido; Dulenary Santana; Sandra Nascimento;; Rita Pea; Dorothy de Brito Steil;; Flávia Assaife; Juca Cavalcante;  Sandra Nascimento;; Isabel Vargas; Ly Sabas; Norália Castro; Jacqueline Aiseman, Inês Carmelita Lohn; Cida Gaiofatto;  Silvana Sil;  Inês Carmelita Lohn; Cida Gaiofatto e Neyde Bohon.

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