A estação que mais gosto e que tem um efeito imenso sobre minha vida e bem estar é a primavera. Não sou adepta de extremos. Sou mais ponderada e, portanto mais afeita a amenidades.
A primavera é doce, encantadora, suave e, ao mesmo tempo, engalanada pela beleza natural e esfuziante da natureza, da vida que brota nos campos, no ar, no coração das pessoas que não conseguem passar incólume por tanto esplendor.
Na primavera o sol parece ser na medida certa. Nem escasso nem escaldante como no verão. Suficientemente quente e iluminado possibilitando que seus raios destaquem as diferentes nuances do colorido das flores. Seus raios se refletem no brilho do olhar das pessoas tornando o sorriso e a vida mais iluminada.
Tem sabor de recomeço, de coisa nova, de despertar e, sobretudo de esperança e alegria. Não só para as pessoas. Também para a natureza que se enfeita e comemora todo o espetáculo da vida.
A primavera nos mostra que não é necessário pressa. Para tudo há o momento certo. Há o tempo de plantar, o de podar, arrancar os galhos secos, coisas mortas para concentrar as energias, ter mais espaço força e vigor e assim fazer boa colheita.
Renova-se em cada estação a esperança, a fé na vida, nas pessoas e na força da criação.
Meu coração em cada primavera enche-se de esperança pela beleza da vida que brota. Consegue aliviar a dor das perdas que abalaram minha vida e que, por momentos, quase me fizeram sucumbir. Dão o perfeito entendimento do efêmero e do eterno, da morte, da vida, da esperança que é preciso renascer sempre para que cada ser cumpra sua finalidade nesta vida, ou seja, ser feliz.
Assim como a primavera vem após as agruras do inverno, não há tristeza que perdura ante o milagre da vida e da renovação.
Para mim, Primavera, eterna esperança...
Isabel C S Vargas
Pelotas-RS- Brasil
Prosa-Crônica
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